quarta-feira, novembro 29, 2006

Sábado

Dia singelo em uma tarde branda de sábado. Ela abriu a janela e viu uma bicicleta passar. Levava consigo um rapaz na garupa, que acenou alegremente. Doa a quem doer, ela decidiu passar os dias contando as rolinhas. Uma pílula para a dor do braço e uma rolinha no quintal do vizinho.

Quantas vezes pensou poder agarrar o tempo e dizer a ele que matematicamente pertencemos a diversas dimensões. Quantas vezes pensou que o futuro não era nada além de simetrias fabricadas por um imperador na Roma Antiga entediado.

O que era o comércio a não ser moedas de cunhagem? O que era a tecnologia a não ser gotículas de bits processados? O que era a sua vida a não ser uma imobilidade frasal?

Zenaide queria correr. Desfrutar do oxigênio terrestre. Colher a água que jorra do cano. Mas o tédio vital que corria em sua veia e paralisava seu músculo só a deixou esmagar uma joaninha. A vida não era processada e sim adiada dia após dia. A joaninha era uma reles piada da natureza.



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