sexta-feira, janeiro 12, 2007
A gatinha que cagava mole
Beijinhos. O doce preferido de Jade.
Na casa de Vânia tinha uma campainha azul. Dessas que o dedo precisa afundar para que o toque apareça. O entregador do mercado apertou fortemente o azul naquela tarde.
Vânia abriu a porta com as mãos sujas de manteiga. Pelas pernas do entregador, uma gatinha se enroscou. Jade tinha 3 anos. Esbelta, obesa, um brilho de gata.Seu pêlo era espesso e firme. Seus olhos bolas vibrantes de energia. Vânia amava beijinhos. Sua receita preferida era aquela onde ela podia enfiar a mão na massa e depois adular as membranas entre os dedos. Escorregadio, o doce era mais saboroso quando lambido.
O entregador fechou a porta, levando no bolso uma nota de 2 reais e um pensamento no fim da tarde quando ele terminaria seu trabalho e lamberia o pescoço de sua amante.
Vânia deixava o creme amornar e depois fazia 20 bolinhas. Os olhos da gata pareciam beijinhos. Enquanto Vânia passava as bolinhas pelo açúcar cristal, Jade ronronava docemente na almofada de cetim indiano. Enquanto Vânia mergulhava seus pensamentos na vestimenta masculina de seu ex-namorado, Jade passeava em pensamentos pelo doce dentro da forminha.
Vânia e suas mãos untadas de margarina deslizavam pelo corpo do docinho, moldando-o perfeitamente. Jade se asseava impecavelmente, evitando pulgas. Cada beijinho era decorado com um cravo-da-índia. Vânia colocou as forminhas em um recipiente metálico, lembrando que cinza era a cor preferida de seu ex. Jade saiu de cima da almofada. Vânia engoliu um beijinho sem mastigar. Agarrou o cetim indiano e o colocou no meio das pernas.
Jade miou. Circulou pelo recipiente metálico e lanchou os 19 docinhos restantes. Vânia acariciava o braço do sofá lembrando de como era rígido o abraço de seu ex. Ela teria um orgasmo rápido e a gatinha começaria a cagar mole.
Link esse texto //
1 Comentários
|
|