quinta-feira, março 22, 2007
O gato que comia batatinhas
Márcio Ló vive um dia de cada vez. Ele também tem um gato cinza e branco. Todas às quintas, Márcio Ló abre uma Long Neck e coloca na varanda da casa de seu avô seu recipiente com batatinhas importadas. Ele e o avô jogam dominó até amanhecer. Bêbados, os dois disputam queda de braço com palitos de dente. Sorridentes, os dois gargalham dos vizinhos. Adormecidos, eles sonham com dias vindouros.
Pela manhã do outro dia bem cedinho, seu gato Antônio César sobe pela lateral esquerda do corrimão que dá para a varanda, lambe o bigode do avô, cheira o queixo de Márcio Ló e come todas as batatinhas do recipiente.
Quando Márcio e seu avô acordam, pensam que as batatinhas estão em seus estômagos e que segunda é um dia desgraçado de doer.
Antônio César, porém, pensa que as batatinhas são sardinhas defumadas.
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