terça-feira, junho 05, 2007

A dor do ser humano

Cristóvão abre a janela, molhada pelos 9 graus Celsius. Passa o dedo lentamente na vidraça e desenha um coração.

Não sei porquê o coração foi votado para representar a dor do ser humano. Poderia ser o rim, o intestino, ou até mesmo a orelha. Qualquer um sobrevive se cortarem orelhas. Artistas fazem isso o tempo todo.

Cristóvão quer conhecer os mistérios do mundo. Ele coloca sua orelha no vidro gelado e delicadamente escuta os batimentos cardíacos das coisas. Palpitantes são suas condições. Ele ainda sonha com sua outra metade, estraçalhada por um trem chamado vida que passa. Mas ele sorri, pois a melancolia nada mais é do que nossa felicidade congelada em momentos de trailler de cinema.

Cristóvão sai da janela e vai dormir, enrolado em seu edredom solitário. É o mistério da vida que o circunda, perplexo como qualquer acontecimento que temos notícia, mas não sabemos explicar. Como o desaparecimento dos Maias na Guatemala ou porque chupa-cabras só foram aparecer em Minas.

Ele encosta a cabeça no travesseiro fofo e sonha, acreditando que após seu décimo terceiro encontrará seu grande amor e ela terá para sempre pernas depiladas.



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