sábado, outubro 24, 2009

A saga da família Aleluia

Saga: podia ser palavra de origem germânica associada aos povos do norte da Europa referente a relato literário de caráter épico. Ou uma deusa do Aesir da mitologia nórdica. Ou uma província japonesa. Uma obra de Érico Veríssimo. Um personagem da série Cavaleiros do Zodíaco ou uma banda canadense de rock progressivo.

Não importa. A saga havia começado em uma caixa de papelão. A família vivia no gélido território do sul do país com seus cabelos loiros e seus piolhos gordos. Daqueles que contornam a linha da palma da mão e que coçam a nuca. Dividiam pão, água quente e pedacinhos de marshmallow derretido. Nos tempos de garoa, talvez aquecesse o coração. Poderíamos dizer que conquistariam planíces com brados e urros e liderariam comunidades, mas o que seria a separação para restos de famílias desconhecidas? Conseguiram limpar móveis e datilografar mensagens psicografadas.

A família Aleluia cresceu, subiu nos bondes, desconstruiu trilhos. Alguns deram a volta pelas árvores, outros se enforcaram. Muitos dizem que alguns fantasmas perambulam pelo limbo. Outros que não existe tal coisa como maldição. Vivem me perguntando por onde andam e eu sempre digo que não sei. Mas vira e mexe um deles aparece só para dizer: Sabia que os marshmallows ainda derretem?

Alguns riem. Outros acham palhaçada. Ninguém diz Aleluia. Deixemos por isso mesmo.



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