terça-feira, abril 27, 2010

Brandir um cacto

De todas as coisas do mundo, Edgar Allan Poe guardaria um pirata em miniatura e o usaria para despertar a consciência da humanidade toda vez que limpava o cano da descarga do banheiro. Ele tinha as melhores ideias contando azulejos e imaginava que ela talvez pudesse também representar a época romântica com dragões e éter. É claro que Edgar era uma pessoa insatisfeita e toda vez que o pirata em miniatura soava gritos anglo-saxões, ele amassava quase devagarinho a cabeça da coisinha e ela não ouvia nada do outro lado do apartamento, só o tic tac e o tic tac. Achava que ele tinha uma galinha miniatura que marcava o tempo. Nunca desconfiaria dos mares por antes desbravados. Ele sorria feliz toda vez que a consciência era liberada. Ela confusa, brandia um cacto. Já o síndico sempre dizia que havia artistas entre nós.



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