sábado, julho 03, 2010
Morro
Eram lisas as pedras no morro. Eufóricas. E a luz do Sol que batia nas partes mescladas parecia uma boca falante. Havia nelas musgo por onde o vento passava e ia e vinha como vapor barato. Havia o espaço por onde algo passava. Um vão. Uma colher de cavidade. Um tiquinho de densidade de ar. O sopro que mexia. Era um quê de paciência que ronda os mundos porque para enxergar as coisas era preciso estender o tempo.
E não era o tempo que corroía as pedras, era a luz e o Sol que surgia.
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